quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


Aprende que ficar ai sentado, rezando pra todos os santos, naquele estado: “a espera de um milagre”, não vai adiantar de nada, na verdade você nem tem um certificado comprovando que sua oração chegou aos ouvidos do tal santo, então, melhor partir pras ideias mais concretas não acha? Já passou da hora dessa fase da lamentação ir pro além. Não há cristão no mundo que suporte ver você chorar, revirar fotografias, reler cartas, mensagens, ir aos mesmos lugares, achando que isso trará alguém de volta, sem sucesso. Lembrança é totalmente diferente de presença e você sabe. Entenda, que se você quer, tem que mostrar que quer e ponto! De que jeito? Ache o jeito! Você já ouviu dizer que pra tudo tem jeito ne? E realmente tem, procure. Eu ainda não sei até quando se deve lutar ou por quanto tempo se deve acreditar que: “Aah, dessa vez vai dar certo”, eu só sei que quando se quer, é tapar os ouvidos pro mundo e abrir o coração pros dois caminhos que te esperam: a felicidade ou a dor. No final, você só tem realmente aquilo que merece (além é claro de uma sensação de trabalho completo). Aprende menina, o mundo é dos que enfrentam, não dos que lamentam! Tá na hora de sacodir a poeira e (re)começar.

sábado, 4 de junho de 2011



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Algumas coisas não passam e outras nem se quer parece que existiram na vida. Andei pensando, de tantos murros em ponta de faca que dei, algum serviu de alguma coisa? Tenho a impressão de que só serviu pra que eu ficasse aqui, todas as noites de sábado, enchendo a cara, sozinha, esperando que alguma coisa passe. Uma dor, talvez. Ou quem sabe alguém, pra me tirar daqui. Tenho vivido dias escuros, longos e repletos de lembranças que não passam. Às vezes eu sinto saudade de outra pessoa mais alegre que vivia dentro de mim. Acho que morreu, não sei, simplesmente cansou da mesmice das coisas. Adormeceu, é o mais provável. E por isso eu to aqui, desabafando sei lá o quê com sei lá quem, coisa estranha essa necessidade do ser humano de colocar pra fora tudo ou até mesmo nada. Eu tenho vontade que alguma coisa muito boa me aconteça, como desejei há 10 minutos pra uma amiga que também precisa disso, mas não acontece. Ou eu ando deixando tudo passar ou nada me chega. Prefiro ficar com a segunda ideia. Não sei o que falta, no momento é um turbilhão de ideias e nenhuma se sobressai. Só tenho a certeza de que quero UM RUMO, seja ele qual for, algum caminho longe ou perto, mas que no final seja feliz PELO AMOR DE DEUS. Ironicamente, eu ainda acredito em felicidade, mesmo com todas as cicatrizes do peito e a sensação de que nunca é a última ferida. E essa sensação não me larga. O que me falta, meu Deus? O que me falta?

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sábado, 2 de abril de 2011


Não sabia exatamente o que era, por que era, como era. Só sabia que tinha alguma coisa que eu desconhecia. Alguma coisa que me parecia boa (enquanto não me feria). Mas sempre tive medo do desconhecido e por isso sempre tive uma velha mania de fechar portas. Mais uma né?! E essa coisa toda de sair fechando portas, ciclos e diminuindo as pessoas que me cercam, parece que é estranho, mas na verdade é tão normal. Pensando bem é como trocar de roupa, passou a moda dessa, não se usa mais, não da mais, então tem que ser trocada. Ando me sentindo invadida por um desconhecido, sem por que e sem pra quê também. Me sentindo como uma roupa velha fora de estação, precisando que alguém perceba que alguma coisa precisa ser trocada e com urgência. E uma sugestão: Que tal começar por essa droga do meu coração! ¬¬

sábado, 5 de fevereiro de 2011


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Tenho a impressão de que tenho duas vidas: a minha e a que os outros inventam. Não sei dizer se é mais divertido ser do meu jeito ou do jeito que costumam dizer que sou. Nunca vi nada que se possa chamar de “anormal” em mim. Sou mulher, tenho 19 anos, estudo, trabalho, moro com meus pais, danço, faço cara feia, dou risada com o vento, bebo água, bebo álcool, gosto de meninos, falo muito, me calo as vezes, ah tantas outras coisas “normais” eu diria que eu faço, gosto e sou. Essa é a vida que eu sei que eu tenho. Mas ando ouvindo por aí que: “Eu não presto, não valho nada” ... (8) Sendo um pouco mais objetiva e usando as palavras do grande João do Morro. O que eu não entendo é essa preocupação absurda em tomar conta da calçada vizinha. Cara, tem tanta sujeira embaixo do meu tapete que eu não teria muito tempo pra me preocupar com o teu não viu. Fico pensando que qualquer dia eu vou acordar, abrir a porta e alguém vai me dizer: Como assim você é mulher, você não tinha mudado de sexo? E eu vou fazer aquela cara de paisagem, de quem não entende nada e dar as costas, simplesmente porque se isso não fosse cômico, seria trágico demais. Eu não sei falar de mim, mas se você perguntar ao vizinho da frente, da direita, da esquerda e da outra calçada, com certeza eles terão resposta. Sugiro que você antes de bater o martelo do concordo com tudo, bata na minha porta e tire você suas próprias conclusões. Afinal, nesses casos só tem um lado da história que pode ser verdade: ou é a minha vida ou a que criaram pra mim. Do mais, você decida em quem prefere botar fé.


(Y)

domingo, 30 de janeiro de 2011


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Tinha tudo pra serem 10 dias comuns, o mais anormal que podia acontecer era a gente dar de cara com nossas mães em uma das festas, na esquina de casa comprando o pão ou sendo paquerada por um coroa em Luiz e Davi. Como nada disso aconteceu então tudo ocorreu como tinha que ocorrer. Mas acho que chegamos a uma conclusão de que precisamos de outros ares, porque esses dois anos no mesmo local foram cruéis conosco, esse ano que o diga. Trago lembranças boas é claro (e você também), afinal nem tudo é só choro, tem que ter riso, tem que ter vida, tem que ter música. E olhe que música foi o que não faltou viu, repertório mais variado que o desse ano, eu tô pra encontrar. Foi desde: " Comer tatu é bom ..." até "I gotta feeling ...". Não faltou nada, o que faltava a gente inventava, isso que era o bom. Preciso lembrar dos detalhes mais cômicos,(senão trágicos) que vai desde empregada divertida até “você sabe que seria fácil a madrinha dos meus filhos” (desculpa, mas essa frase marcou)ou “amor que N Ã O se repete” (soletrado mesmo, profundo). Ficar lembrando isso agora é como buscar sentido pra tudo que acontece ou aconteceu nas nossas vidas. Buscar respostas, que eu não encontro e que cansei de procurar. Acredito que não tem nada perdido, que tudo só tomou o rumo que devia tomar e pronto. A velha coisa de: "Deus escreve certo por linhas tortas". E é só por isso que nessa tronchura toda as coisas se encaixaram. Se eu tivesse que me arrepender de alguma coisa, me arrependeria de não ter passado mais 10 dias. Sinto que deixei muita coisa se perder e tenho certeza que perdi o que eu jamais imaginei que perderia. Você deve pensar assim também, afinal, estamos numa situação parecidíssima, mais uma vez né? Mas eu não quero lamentar, eu quero agradecer. O que vai realmente ficar é tudo o que de melhor nós trouxemos. Uma bebida quente, um suco ardente, uma empregada descolada, UM AMIGO DO CARAE, um estranho, um parente de seu lunga, um fã de beijo triplo, os amigos de infância, uma praçinha, muita chuva, um “intimidado”, um morcego, um sabugo de milho, uma ave, umas engenheiras civis, sol, praia, noite, gelo (por dentro e por fora), mala cheia, som alto, um apontado, um vaca, um alternativo, um quase espanhol, um chato, uma hilux e dois casos antigos que realmente ficaram pra traz mesmo! Tem tanta coisa boa pra lembrar, porque guardar somente as ruins né? Por isso que eu to colocando isso tudo, inclusive o que eu não queria lembrar, em uma das melhores páginas do meu livro, porque aí eu vou poder ler quantas vezes quiser e não cometer as mesmas tolices. É assim que se aprende, pelo menos comigo funciona (às vezes). A gente tem mais uma história pra contar pros nossos filhos. E quando eles perguntarem por que de tudo isso aí é que a gente pode responder: “Sou assim e não vou mudar...” Somos assim. E por sermos assim que tudo saiu do jeito que saiu. E somente porque eu estava com você, eu não me arrependo de nada. Afinal se até Novinha merece siiim, a gente pode merecer muito mais no nosso próximo verão, longe dos ares pernambucanos, só pra constar.

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sábado, 29 de janeiro de 2011


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Venho repetindo que terei fé, independente do que aconteça, terei sempre fé. Difícil quando as coisas inventam de despencar pro lado contrário. Quando você de repente descobre que aquela crença que te faz pedir inúmeras vezes pra que a dor acabe e a alegria reine, não ta lá essas coisas todas. Ta tudo tão trêmulo, que encontrar alguma coisa intacta seria um milagre. Você podia acreditar em tantas coisas, mas escolheu justamente acreditar no que é mais difícil de acontecer. Assim complica, pra todos os lados. Tudo bem cara, pegue sua vela, acenda e faça seu pedido. Ouvido eu tenho certeza que será, realizado aí vai depender do seu merecimento. É por isso que eu tenho fé, fé naquele cara que me permite tá aqui agora te dizendo essas coisas, por isso Deus que eu to agradecendo a dor, o choro, o medo, a alegria, o presente, a oportunidade. E ainda mais te digo, eu tenho fé e não deixarei de tê-la, Tu não permitirias, eu sei. Mas preciso te dizer que ta difícil e Tu sabes, que o mundo é ruim, que as pessoas são ruins, que eu sou ruim. Mas juro, tenho vontade de ser boa, vontade de fazer algum bem pra alguém que precise muito. Só que eu não me acho tão humana e por isso eu me calo e me guardo na minha fé (ou seria me escondo na minha fé?), de que nesse exato momento alguém ta fazendo um bem e isso ta tornando o mundo melhor, por 1 minuto, mas está. Venho pedindo e prometendo sempre as mesmas coisas. Até eu já cansei e posso até saber como não repetir isso, mas a tentação por vezes é maior e eu sou pequena, sou fraca e flexível, por isso que caiu inúmeras vezes. Mas sabe de uma coisa, é caindo 20 vezes e levantando 21 vezes mais forte, com mais vontade e com mais fé. Só que eu não quero provações, eu acredito porque acredito e pronto. Fui ensinada assim e isso é parte que me completa, me sinto inteira. Me convenço de que esse sorriso estampado, essa alegria de viver e essa vontade de que os dias sejam melhores a cada amanhecer devem valer de alguma coisa e eu deva ser especial. É, eu sou especial (alguém, fora eu, deve achar isso também). Nesse exato momento minha fé ta abalada, eu tenho medo desse novo e de viver o que eu não conheço,não gosto de me sentir desorientada e é estranho, vou dormir com essa sensação de que eu acredito, mas hoje eu não sei te dizer em que. =/

terça-feira, 25 de janeiro de 2011


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Acho que a gente sempre sabe quando já está na hora de fechar as portas né? Mas não ta sendo fácil, alguma coisa ta fazendo a porta emperrar, a chave trava, o trinco quebrar e ela continuar entreaberta. Aí você não sabe se deixa assim, afinal é só uma brecha mesmo ou se manda derrubar, amarrar uma corda e mandar o trator puxar até que feche com a maior força do mundo, fazendo aquele barulho que vai te dar no instante uma sensação de liberdade, eis o desejo que a porta feche e não abra nunca mais. Leva tempo, mas tem jeito. E se eu talvez mudasse de casa, lidar com outra porta aberta podia ser fácil, por outro lado podia ser igual ou até mesmo pior. Engraçado, a gente nunca sabe o que fazer quando realmente precisa fazer alguma coisa. Ou a gente não faz ou a gente faz tudo errado. Eu tinha coragem pra tantas coisas, mas acho que eu luto pra não usá-la. Falta alguma coisa, um empurrão, um grito no pé do ouvido, um estalo, um ALÔOOOOO, ACOOORDAAA PRAA VIIDAA MEENINAA! Eu devia ter notado, as coisas não mudam da noite pro dia, tanto que eu cuide, acabou que a porta ficou velha, não serve nem pras baratas. Que bom né? Já não aguentava mais esse aprendizado todo! Cuidar de portas nunca foi pra mim, não nasci pra isso.